terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Heróis


A tragédia que se abate sobre o Haiti (o terremoto de 12/01/2010) comove a todos. Um país, que já vivia em condições de miséria quase total, passando agora por toda essa calamidade deixa qualquer um consternado.


Mas, essa situação de calamidade trouxe à tona uma verdadeira legião de heróis, além dos próprios haitianos que conseguem sobreviver frente a todas essas adversidades, a imprensa nos mostra pessoas de várias partes do mundo se mobilizando para socorrer esses irmãos tão sofridos.


O que falar então dos nossos bravos soldados brasileiros que são um verdadeiro alento para a dor dos haitianos. O trabalho que nossos militares fizeram naquele país é reconhecido pelo mundo inteiro: conseguiram implantar a paz quando a desordem imperava beirando o caos total. As crianças do Haiti olham para os soldados brasileiros com brilho nos olhos, penso que, além de agradecidos, sonhando em um dia virem a ser um daqueles homens de farda.


Imagino o orgulho que os familiares desses brasileiros devem sentir quando veem seus filhos puxando um ser humano semimorto dos escombros, fazendo um parto improvisado, ou apenas confortando quem não agüenta mais tanta dor.


Esses são heróis no sentido real da palavra, diferentes daqueles de que se ouve toda noite em nossos televisores: "- Nossos heróis estão de volta!"
É assim que o apresentador Pedro Bial se refere aos participantes do BBB: jovens desocupados, corpos sarados, caras e bocas, para não falar de outras partes, íntimas, expostas para milhões de brasileiros. Vinte e quatro horas por dia de ócio, bebendo e falando abobrinhas.


Realmente estamos muito carentes para aceitar passivamente que um bando de desocupados sejam chamados de heróis. Por favor! Nossos ouvidos não são privadas para que fiquem depositando dejetos neles. Vamos procurar conhecer o sentido verdadeiro da palavra herói.


Segundo o Aurélio, o significado de herói é “homem extraordinário pelos feitos guerreiros, valor ou magnanimidade”, quais são os feitos guerreiros dos BBBs? E a magnanimidade então?? Só se for em bundas e peitos siliconados.


Acredito que não precisamos nos deter nos dicionários, pois temos heróis verdadeiros nos homens e mulheres que estão muitas vezes ao nosso lado. Trabalhadores que ganham um salário de miséria, pegam ônibus lotado pela manhã e, à noite, voltam para a casa com minguados trocados para saciar a fome de seus filhos, e mesmo assim, vivendo com toda essa miséria, escolhem dizer não ao mundo do crime, do tráfico, da marginalidade. Estes sim são heróis de verdade, pois frente a todas as adversidades podem olhar seus filhos de cabeça erguida e cobrar deles estas mesmas atitudes dignas.


Herói é também o piloto americano que, diante de uma situação desesperadora, conseguiu manter o equilíbrio e usar seus conhecimentos para pousar o grande jato na água, salvando a vida de mais de 150 pessoas.


Heróis são os cientistas que passam suas vidas trancados em laboratórios, deixando de lado muitas vezes seus entes mais próximos, pesquisando medicamentos para aliviar a dor e curar doenças da humanidade.


Heróis são os soldados do corpo de bombeiros que não medem esforços e colocam suas vidas em risco para salvar a vida de seus semelhantes: já vi em reportagens estes homens chorando por terem perdido uma vida ou trazendo mais uma ao mundo em um parto de emergência.


É desolador ver o que o poder do dinheiro faz com as pessoas, pois só este fator (eu acredito) pode fazer com que um jornalista reconhecidamente inteligente, competente, conhecedor de várias culturas, vir a classificar como heróis pessoas frívolas que só querem aparecer e ganhar dinheiro sem trabalhar. Deve ser muito bem pago para falar tais sandices.


Optei por não "dar uma espiadinha". Nesse horário pretendo ler um bom livro ou ver um bom filme. Quanto aos heróis fabricados pela mídia, prefiro o Homem Aranha ou talvez o Batmam.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Mães Más (minha versão)


Mães tem uma tendência para se culparem por tudo o que acontece com seus filhos. Se estão
resfriados, se estão tristes, se foram mal na escola, se levaram um fora do namorado (a), enfim, tudo o que acontece na vida dos nossos rebentos parece ser nossa culpa.

Talvez a psicologia tenha alguma explicação para esse drama materno, eu desconheço.

Mas o que eu gostaria de dividir com mães e pais em geral é que se temos a certeza de que educamos nossos filhos com valores verdadeiros, se oferecemos a eles o que de melhor nós temos dentro de nós, a nossa essência mais pura de amor, bondade, afeto, que não nos preocupemos. Eles saberão fazer as melhores escolhas para suas vidas, mesmo que acreditemos que estão indo por um caminho errado, chegará o momento em que irão parar e lembrar de nós pais e irão retornar.

No último mês tive uma experiência que me convenceu plenamente do que estou falando. Tenho dois filhos de 14 anos e uma filha de 19. Pois bem, a minha filha e um dos meninos sempre tiveram dificuldades de relacionamento, sempre implicando um com outro, durante quatorze anos.

Eu nunca impus que eles precisavam se amar pelo fato de serem irmãos, mas sempre os orientei que não era por acaso que estavam na mesma família e que haviam escolhido serem irmãos, que refletissem sobre isso, será que não estavam perdendo uma oportunidade?

Então em Dezembro meu filho ficou em recuperação em três matérias: português, matemática e inglês. O irmão que é bom em matemática o ajudou nessa matéria, eu o ajudei em português e minha filha se ofereceu para ajudá-lo em inglês, sem ninguém pedir e o ajudou muito, estudaram juntos durante todo um final de semana e ele conseguiu ser aprovado em todas as matérias, só que em inglês com a nota máxima e quando chegou em casa foi agradecer á irmã.

Agora a situação se inverteu, minha filha passou o ano todo estudando para o vestibular e está nervosa com a proximidade das provas. Durante o jantar o irmão a acalmou dizendo que ele também havia passado por uma prova difícil e que havia conseguido a aprovação e depois veio me dizer que iria fazer uma prece pedindo para que a irmã conseguisse ser aprovada.

Fiquei muito feliz com tudo isso, porque ás vezes educar é muito difícil e como falei da culpa, nos questionamos se estamos fazendo o melhor, mas quando acontece uma situação dessas eu penso: _ Meu Deus, muito obrigada, acho que estou fazendo a coisa certa.

Resumindo, é isso que gostaria de dividir com meus diletos amigos. Como diz o texto que circula na Internet “Mães Más”, que sejamos mães más, que cobremos dos nossos filhos para que cumpram com suas obrigações, afinal ninguém tem só direitos, e os estudiosos e teóricos que são contra, me desculpem, mas uma chinelada no traseiro de vez em quando não traumatiza coisa nenhuma, se os políticos lá de Brasília tivessem tido Mães Más, talvez as coisas em nosso País hoje não estivessem do jeito que estão. Bem como essa bandidagem toda que está por aí, se tivessem tido mães que soubessem impor autoridade e limites em vez de ir na escola reclamar das professoras ou chorar para o juiz dizendo que seu filhinho é inocente em vez de exigir que ele reparasse o mal praticado, quem sabe as prisões não estivessem tão abarrotadas de criminosos.

Pensemos nisso e sejamos um pouquinho mais Más com nossos anjinhos!