sábado, 28 de março de 2009

Palavrões





Há um tempo atrás, vi na TV uma reportagem sobre uma professora que diante de uma situação onde seus alunos, de uma turma de quarta série falavam muitos palavrões, achou importante pedir a estes que fizessem uma pesquisa, consultassem um dicionário para entender o significado das palavras que estavam falando.
O resultado da solicitação foi que três famílias dos referidos alunos resolveram processar a professora, acharam um absurdo a solicitação dela.
É essa a situação em que muitos professores trabalham hoje em dia, recebem em suas salas de aula crianças sem nenhum limite (observe-se que eram crianças na faixa etária de 10 anos) e quando tentam de alguma forma transmitir alguma regra, algum valor verdadeiro, são processados.
Tenho pena desses pais que pensam que seus filhos estão sempre certos, “afinal são crianças apenas”. Sim, são crianças, mas se não forem educadas na infância, serão quando?
Tenho pena desses pais porque se não aceitam que uma professora oriente seus filhos, estão dessa forma delegando para que a sociedade faça essa “correção” mais tarde, afinal se uma criança de dez anos fala tanto palavrão na sala de aula, como será o ambiente em que ela vive fora da escola?
É claro que sabemos que existem professores e Professores, tem aqueles que fazem questão de humilhar e expor os seus alunos perante a turma, eu como mãe não admitiria uma situação dessas. Muitas vezes meus filhos chegaram em casa comentando situações que aconteceram com seus colegas e constrangidos pela humilhação que estes colegas haviam passado, isso é inadmissível.
Agora, se um filho meu agiu mal, desrespeitou um colega ou professor, quero mais é que ele receba a sanção necessária para que não venha a repetir o erro novamente, afinal ele está indo á escola não apenas para ser formado intelectualmente e sim para receber valores morais, éticos, enfim uma educação integral.
Agora voltando a reportagem, o repórter fez questão de enfatizar que a professora era “evangélica”, por que tal informação? E se ela fosse adventista, católica, espírita, umbandista, também teriam citado essa informação?
Fiquei pensando que a pobre professora além de ter tido uma atitude que avalio como positiva, procurando levar seus alunos á reflexão, ainda vai ter sua atitude avaliada por se evangélica. E aí lembro do Sérgio Brito “para o mundo, que eu quero descer”