sábado, 20 de agosto de 2011

Novelas e (in)justiças



Confesso que sou noveleira, acredito que é um hábito que trouxe dos tempos do interior. Cidade pequena sem maiores opções de lazer, o que nos divertia era a televisão. Programa do Chacrinha, Moacir Franco, Jô Soares (Planeta dos Homens), A Família Robson -vou parar por aqui senão vão pensar que tenho 300 anos- mas o bom mesmo eram as novelas, das seis, sete, oito e dez. As das dez, só podíamos ver escondido dos pais porque tinham cenas calientes, igual as das novelas das seis hoje em dia.

O tempo passou, muitas mudanças,visões de mundo diferentes, mas o hábito noveleiro continua. Só que ás vezes assistimos uma novela durante meses e o final é broxante. O termo é esse mesmo, afinal não é isso que acontece quando se planeja toda uma história com um par romântico, todo um ritual, mil expectativas e na hora H não é nada daquilo? Pois é, a maioria das novelas é assim.

Só que com Gilberto Braga no final de Insensato Coração ontem, foi possível lavar a alma, ele não só não deixou nada a desejar como superou as expectativas, adorei o último capítulo, tanto que vou ver hoje de novo.

Penso que o que me deixou tão contente e imagino que a maioria dos brasileiros noveleiros também, é que foi feito justiça. Vivemos em um mundo onde as injustiças se espalham, estampam os jornais, a TV e o rádio diariamente.

Enquanto pessoas morrem nas filas dos hospitais, são vítimas de balas perdidas e de motoristas bêbados. Enquanto crianças e jovens não tem direito a uma educação decente, idosos não podem usufruir de uma aposentadoria digna depois de uma vida inteira de contribuição. Enquanto mães de família são obrigadas a deixarem seus filhos sós em casa e catarem papel na rua para que eles não morram de fome.

Enfim, enquanto tantas outras injustiças se proliferam nesse País, assistimos a uma corja de políticos, roubando dinheiro de merenda escolar, enchendo seus bolsos com milhões e milhões que roubam descaradamente da população sem punição nenhuma, debochando da cara do povo. Na realidade esses políticos são os grandes bandidos, assassinos do nosso país, pois se não fossem os grandes ladrões que são, sobraria dinheiro para uma educação decente, para escolas de qualidade, para médicos e hospitais em quantidade suficiente para todos os brasileiros.

E depois de todos esses crimes, esse bando de corruptos está por aí, impune, graças a um sistema de (in)justiça que favorece os delinquentes.

Então o final de Insensato Coração ontem, pelo menos na ficção conseguiu matar a sede de justiça que temos e que deixa a nossa garganta seca. Cortez na cadeia, Paula fazendo serviço comunitário, Eunice servindo cafezinho e o grande vilão sendo jogado do alto de um prédio e o seu sangue escorrendo pelo chão. Por melhores que tentemos ser, por mais conhecimentos da espiritualidade que tenhamos, vamos ser honestos, quem de nós nunca imaginou um político safado nessa condição?

Sei que essa corja até pode escapar da justiça dos homens, mas sem dúvida já foi condenada e responderá a justiça divina, mas que é bom imaginar, ah isso é.

E com o capítulo final da novela ontem, nossa imaginação se tornou real, sem dúvida Gilberto Braga é um mestre no seu ofício e encerrou com chave de ouro mais uma novela das nove. Que venha a próxima.

domingo, 24 de julho de 2011

Ainda sobre o álcool



Andei escrevendo alguns textos sobre o poderio da indústria de bebidas de álcool, principalmente a cerveja. Sei que é chover no molhado, ou tentar apagar o incêndio com um conta gotas, mas penso que nós que somos pais ou que lidamos com adolescentes não podemos deixar esse assunto morrer, precisamos fazer a nossa parte.

Nossos jovens estão se matando, estão bebendo até caírem, o que está acontecendo? Por que não conseguem aproveitar a vida ou se divertirem sem estarem totalmente embriagados e pegarem um carro e saírem por aí matando inocentes no trânsito ou eles mesmos se matando?

Costumo ir no supermercado aos sábados de tardezinha comprar algumas coisas gostosas para minha família passar o final de semana e sempre vejo a mesma cena: jovens com os carrinhos cheios de cerveja, outros com garrafas de vodka na mão, como se aquelas garrafas fossem um troféu, com os olhos brilhando. Outro dia vi um pai saindo do super com um filho de no máximo uns seis anos de idade, o garotinho carregando um engradado de cerveja. Naquele momento esqueci que sou um ser mais ou menos civilizado e me imaginei agarrando aquele engradado de cerveja e arrebentando-o na cabeça daquele pai irresponsável.

Já falei antes e torno a repetir, não sou nenhuma puritana, gosto de um bom vinho e de uma cervejinha no verão, mas de vez em quando e moderadamente e jamais pego a direção de um automóvel se tiver ingerido um gole de álcool.

Volta e meia tem festas na minha casa para os amigos de minha filha, faixa etária de 20 a 30 anos, nunca entrou uma garrafa de cerveja, querem se divertir tomando refrigerante? Ótimo, sejam bem vindos. Querem beber? Dirijam-se ao boteco mais próximo, na minha casa não, como eu não gostaria que outros pais oferecessem bebida de álcool para meus filhos não irei oferecer aos filhos dos outros.

Conheço algumas meninas entre 20 e 24 anos, bonitas, inteligentes, educadas, responsáveis de “boa família”, como se dizia na época de minha avó, elas não conseguem namorado, dizem que os meninos de sua idade só querem saber de beber e ver qual o que bebeu mais que o outro, são uns “babacas, otários”, segundo elas. Aconselhei-as a trocarem a opção sexual ou a faixa etária, quem sabe alguém com mais de 30 que já tenha bebido todas e agora queira “viver’ a vida realmente.

Não tenho a menor dúvida que o álcool é a porta de entrada para a maconha, crack, cocaína e tantas outras drogas. Que vazio tão grande está tomando conta da vida de nossos jovens para levarem-os a fugirem desse jeito, a afogarem seus conflitos em uma(s) garrafa de bebida?

Hoje os jornais estão mostrando a morte da cantora Amy Winehouse, uma voz lindíssima que se apagou, a diva não suportou seus dilemas escolheu a fuga. Que nossos filhos e seus amigos não sejam os próximos. Nós que somos adultos, pais, façamos a nossa parte , não vamos dar esse péssimo exemplo aos nossos filhos.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Anselmo Oliveira da Silveira

Anselmo Oiveira da Silveira, 29 anos. Meus amigos queridos e conhecidos, guardem bem esse nome e se um dia tiverem a infelicidade de cruzar com esse sujeito em sua frente saibam que estão lidando com um assassino, com um monstro que destruiu uma família, fujam dele, trata-se de um assassino perigoso.

Na noite de sábado (18/06), meus amigos Juarez e Neli haviam ido levar a filha com o namorado em Belém Novo, voltavam para casa com a filha Amanda e o Bebê Rodrigo de dois anos no carro, antes que digam que tinha excesso de passageiros, o automóvel Zafira tem sete lugares. Pois bem, meus amigos não conseguiram retornar ao seu lar, próximo ao aeroclube de Belém Novo, totalmente bêbado e drogado (segundo testemunhas que estiveram no local) em sentido contrário vinha o monstro Anselmo, em alta velocidade em sua possante BMW, devido a sua condição de embriaguez foi direto em cima do carro dos meus amigos. Juarez faleceu no hospital, Neli está em observação, pois tem coágulos de sangue na cabeça, Rodrigo está em coma induzido, passou por uma cirurgia e deve permanecer em coma por mais algum tempo, não se sabe as seqüelas que terá, Amanda teve fratura na clavícula e várias escoriações pelo corpo, está em minha casa, estou cuidando dela. Aline , que não estava no automóvel, com seus vinte anos de idade, amadureceu precocemente, tento que tomar providências que não fazem parte da vida de um menina de sua idade, tendo que escolher a roupa que seu pai falecido iria usar e fazendo reconhecimento no IML.

Amanda está traumatizada, chora o tempo todo com as cenas da violência que não saem de sua cabeça. Enquanto escrevo, para que essa injustiça não passe em branco, estão no Jardim da Paz no sepultamento do Juarez.

O monstro bêbado saiu do hospital caminhando, felizmente foi preso em flagrante e espero que permaneça muito tempo na prisão apesar de não acreditar muito nisso.

O que será dessa família em pedaços daqui por diante, sonhos e planos destruídos graças a um irresponsável.

Estou escrevendo esse desabafo para que todos que o lerem pensem bem quando forem beber e sair dirigindo por aí, as conseqüências que esse ato pode causar.

Enquanto eu ia em um táxi para o pronto socorro no sábado a noite passei por vários postos de gasolina onde jovens bebiam e saíam em seus carros. Próximo ao beira rio, em uma escola de samba vi alguns motoristas entrando com garrafas nos seus carros. Cadê a fiscalização?

Penso que os que fazem as leis nesse País precisam olhar urgente essa situação porque também os seus familiares poderão ser vítimas de um monstro Anselmo, a punição tem que ser bem mais rigorosa para esse tipo de crime.

Uma coisa é um acidente de trânsito com causas consideradas normais, uma tragédia, ninguém está livre, outra coisa é um assassinato que foi o que aconteceu. Anselmo sabia que ao beber e se drogar e sair dirigindo poderia cometer esse crime e ele escolheu cometê-lo, escolheu destruir uma família e precisa pagar por esse crime.

A família dos meus amigos é de pessoas dignas, corretas trabalhadoras, estão cheios de amigos amparando-os e confortando-os. Quem é a família do monstro Anselmo, que tipo de educação e formação ele recebeu para cometer uma atrocidade dessas?

Acredito mais na justiça divina do que na dos homens, quem sabe um dia essa família Oliveira Silveira sentindo um pedacinho do sofrimento que meus amigos estão passando, consigam entender o que esse monstro fez.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

SOBRE PAIS E FILHOS






Há um tempo existe em nosso País a discussão sobre a maioridade penal, alguns defendem que a maioridade deve se dar aos 16 anos, afinal um jovem que tem condições de escolher seus representantes através do voto também pode ser responsabilizado pelos seus atos.
Eu sou contra, a maioridade aos 16 anos. Agora acredito que as coisas não podem continuar do jeito que estão, penso que alguém tem que ser responsabilizado e esse alguém tem que ser os pais. Acredito que se um menor de 16 anos comete uma infração os pais devem responder e ser responsabilizados e vou explicar o porquê dessa minha tese.
Não consigo acreditar que uma criança que tenha sido criada em um lar por mais miserável que seja, e, que tenha recebido amor, educação, limites estabelecidos e que tenha sido responsabilizada por seus erros venha a se tornar um delinqüente. Na minha opinião delinqüentes juvenis são frutos de pais e mães irresponsáveis, permissivos e sem educação, penso até que para ser pai e mãe teria que se passar por uns bons exames psicológicos.
Vou dar alguns exemplos do que estou falando: Tenho três filhos, em escolas diferentes, um destes está em uma boa escola particular, onde a grande maioria dos alunos pertence a uma boa classe social, vão para a escola em belos carros, roupas caras, etc, etc... pois bem, tem que ver o que é o caos dessa escola na hora de entrada e saída, os “queridos” pais simplesmente estacionam seus belos carros em fila dupla, nos dois sentidos da rua, trancando todo o trânsito, e ainda ficam indignados quando alguém ousa reclamar, afinal eles são os “bons”, os donos da rua. Que mensagem esse tipo de pais estão passando para seus filhos? É a seguinte “eu quero me dar bem, os outros que se danem”. Que tipo de motorista vai ser esse jovem ao se espelhar em quem deveria ser o exemplo, a referência? Vai ser aquele motorista que passa em sinal vermelho, que não respeita faixa de segurança e que agora virou moda, saí passando por cima de ciclistas. Quem teria que ser responsabilizado então? Penso que os pais, que não cumpriram seu papel de educadores, entregando esse tipo de cidadão para a sociedade.
Outro exemplo, essa mesma escola faz no começo do ano a reunião de pais, para explicar processo avaliativo, normas de convivência, etc... a turma do meu filho tem vinte e cinco alunos, sabem quantos pais compareceram na reunião, contando comigo? Quatro. Cadê os outros vinte e um? Muito bem se um desses alunos usar drogas no espaço escolar, se agredir um professor, se espancar um colega? Quem se responsabiliza? Na minha opinião os pais, porque no momento em que eles não estão comparecendo a reunião, estão passando a seguinte mensagem para seus rebentos: Eu não estou nem aí para a sua escola e sua vida escolar, estou pagando uma mensalidade alta, eles que se virem.
Vamos agora para outra realidade. Família que não tem as mínimas condições materiais, morais, espirituais, tendo um filho por ano, sendo que tudo que é posto de saúde distribui preservativos e anticoncepcionais de graça. Conheço bem essa realidade, as crianças nascem em meio ao tráfico, assistem seus pais tendo relações sexuais, afinal dormem todos amontoados no mesmo ambiente, muitas vezes o pai ou padrasto abusando sexualmente dos filhos. Quer dizer são crianças que com dez anos, ás vezes até menos já estão roubando e traficando, aos quatorze ou quinze anos já são verdadeiros criminosos. São culpados? Tiveram escolha de ter uma vida diferente? Na maioria das vezes não. Culpar quem então? Os pais, eles são os culpados por não terem orientado, por terem pencas de filhos quando não conseguiriam cuidar de apenas um.
Tem pais que por pura preguiça ficam dormindo e não levam o filho á escola e ousam mentir, mandando bilhetes dizendo que o filho perdeu a prova porque estava doente e aí de um professor se ousa tentar corrigir os anjinhos,falando um pouquinho mais alto ou dando a nota merecida, vão correndo “procurar seus direitos”, pois é, eles tem direitos e os deveres onde ficam? O dever de ensinar e exemplificar, ética, cidadania, solidariedade, respeito? Cadê? Então quem é que forma esses pequenos monstros que estão todos os dias virando notícia nos jornais, rádio e TV? Quem é que merece ser punido?
Na minha opinião, os verdadeiros delinqüentes, são os que não educaram,independente de classe social. Convivo com crianças que a única refeição decente que fazem é na escola e são educadíssimas e convivo com outras que o valor mínimo que andam no bolso é cem reais e não sabem nem segurar um talher direito para se alimentar, imagina então pedir “por favor” ou dizer “muito obrigado”.
Não sou , e nem pretendo ser um exemplo de mãe. Mas meus filhos sempre souberam e tiveram o exemplo de que deveriam ser honestos, falar sempre a verdade, respeitar os mais velhos,não maltratar os animais, se colocar no lugar dos outros, se responsabilizar pelos seus atos, e, sempre que não cumpriram com algumas dessas atitudes foram responsabilizados, tiveram perdas. Nunca fui chamada em escola por terem chegado atrasado, se envolvido em brigas ou desrespeitado professor, ao contrário sempre foram elogiados e citados por serem educados, estudiosos não, tenho um que nunca foi muito chegado em estudar, mas é educadíssimo e sei que por esse motivo, mesmo quando está indo mal nas provas recebe um olhar diferente dos educadores.
Agora, se algum dia um deles vir a se desviar e virar um delinqüente (coisa que acho muito difícil, mas como dizia minha avó nunca posso dizer “dessa água não beberei”), eu aceito ser responsabilizada, pois penso que aí eu falhei ao educá-los, preciso rever os conceitos que tinha a respeito de educação e já que falhei, que venha a punição, afinal não é isso que eu defendi???

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sobre Palestras


Outro dia escrevi um texto sobre a forma das pessoas escreverem, de como falam de si através da escrita, eu pessoalmente, detesto ler um texto em que precise do apoio de um dicionário para entender palavras que não fazem parte do meu dia a dia.
Bom texto é aquele que toca a alma, que se lê de uma forma tranqüila, e se absorve cada palavra com o coração. É óbvio que existem textos mais elaborados, técnicos e que por vezes precisamos estudá-los de acordo com as etapas de nossas vidas, me refiro aqui ao texto tipo crônica, ou até mesmo o texto jornalístico algumas vezes.
Mas além do texto, existe outra forma de comunicação que pode se tornar extremamente chata, agoniante até, dependendendo de quem a profere, é a palestra. Tem o tipo de palestrante que nos deixa enebriados , seja pelo tom de sua voz, seja pelas palavras que usa ou pela forma como toca o nosso coração, como falei antes. Esse tipo de palestrante, apesar de detentor de determinado conhecimento consegue transmiti-lo de forma simples e agradável, que tanto o mais intelectual como o mais simples, mais desinformado, conseguem absorver suas palavras de igual forma.
Lembro de quando eu era pequena, na época em que se entregava leite na porta, um conhecido com um bom nível intelectual e financeiro foi convidado para ser padrinho do filho do leiteiro e no dia do batizado fui convidada para ir com eles a igreja. Esse meu conhecido passou na casa do leiteiro e levou ele e sua família de carona, e eu com meus 10 ou 11 anos, observei a forma como ele conversava com o leiteiro, puxando uma conversa sobre pastagem, vacas leiteiras, lavoura. Enfim, ele desceu até onde se encontrava o leiteiro para manter uma conversa agradável e lembro que eu o admirei por isso, fiquei pensando, ele é uma pessoa tão esclarecida, tão culta e conversa de igual para igual com esse senhor que não tem nada a ver com sua realidade. Sempre guardei essa imagem comigo e sempre procurei seguir esse exemplo na minha vida.
Mas, voltando ao palestrante também existe o outro tipo, que faz a palestra para ele mesmo, que ao final as pessoas dizem: Ele fez uma palestra tão bonita, falou palavras lindas, mas eu não entendi nada. Penso que é muito enfadonho ficarmos sentados durante determinado tempo sem conseguir captar a mensagem que está sendo debatida, seja pelas palavras rebuscadas demais para o público presente, seja pelo timbre de voz muito alto ou muito baixo . Eu pessoalmente jamais teria capacidade de falar por determinado tempo para uma platéia, admiro quem consegue despertar o interesse do público por mais de quinze minutos.
Mas acho que o bom palestrante mesmo é aquele que se inspira no Cristo, que ao entender que aquelas pessoas ainda não estavam preparadas para absorver determinados assuntos, se valeu das parábolas para se fazer entender, então é essa a minha crença, um bom palestrante é um bom contador de histórias, ele se despe de todo o seu conhecimento, de toda a sua cultura e se junta ao público tornando-se parte de um deles, dividindo e não transmitindo, trocando e não passando o conhecimento que detém, como fez o Mestre há dois mil anos atrás.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

RITUAIS


Hoje pela manhã ao ler o jornal fiquei estarrecida com uma notícia: em Palhoça três pessoas foram assassinadas em rituais de magia negra.
É um começo de ano com tantas tragédias, como as chuvas no Rio de Janeiro, em Santa Catarina que se pensa o que de pior pode acontecer e aí em pleno século 21 deparamos com uma notícia dessas.
Fico pensando que tipo de pessoa participa de um ritual desse tipo, não duvido das forças do mal, sei que elas existem, mas será que os que compactuam com essas forças não se dão conta de que as maiores vítimas desse mal são eles próprios.
Como é que alguém vai fazer o mal para seu semelhante e esperar receber algo de bom em troca?
Ao fazer caminhadas pela manhã na beira do Guaíba é comum depararmos com cabeças de bode e galinhas mortas, uma paisagem maravilhosa que se torna imunda, fétida porque alguns “religiosos” se acham no direito de poluir um ambiente que é de todos.
Será que espíritos de luz, evoluídos, precisam desse tipo de sacrifícios? É óbvio que são entidades das trevas que orientam esse tipo de prática e como pode um ser humano com um mínimo de discernimento concordar com esses rituais? Parece que estamos vivendo em uma época tribal onde o desconhecido causava temor e os nativos procuravam aplacar as forças da natureza com sacrifícios aos Deuses.
Não tenho conhecimento das religiões Afro, mas sei que são sérias e respeito-as e penso que estas (as sérias) não concordam com esses crimes, ouvi um pai de santo falando no rádio que a sua “casa de religião” não fazia despachos em lugares públicos.
Imagino o que um turista de um país civilizado deve pensar ao se deparar com uma cabeça de bode em sua caminhada matutina.
Enfim, como dizia minha avó, cada louco com sua mania, mas que não consigo compreender esses crimes em nome de uma religião ah, não consigo
.

DIVAGANDO


Tenho uma peculiaridade que não sei se é um defeito, uma qualidade ou é algo inato que não se classifica, mas o fato é que basta eu conversar uns vinte minutos com uma pessoa para saber se ela é do bem ou do mal. Do mal não quer dizer um bandido, mas uma pessoa invejosa, rancorosa, mau caráter, baixo astral...
Da mesma forma consigo perceber se ela é caridosa, amorosa, humilde.
E agora aprendi outra forma de identificar onde as pessoas se inserem, através da escrita, dos e-mails que mandam.
Ás vezes leio textos com palavras rebuscadas, concordância perfeita, gramática impecável, mas é só dar uma segunda olhada para ver o quanto foi forçado, o quanto cada palavra foi pensada antes de ser digitada, uma não casa bem com a outra, não é um texto escrito para ser sentido, mas para impressionar, para que ao ler este as pessoas pensem “Olhem como o Joãozinho escreve bem”, “ela é uma pessoa muito culta”, “mas que intelectual”.
E essa forma de escrever não difere nem um pouco de como a pessoa é realmente, sempre querendo impressionar, pensando nas palavras que vai dizer, fazendo-se de boazinha através de uma falsa humildade, escondendo-se atrás de uma carapuça, não é espontânea, não é verdadeira, não vive, é um espectro.
Eu prefiro conviver com pessoas que demonstrem o quanto não gostam de mim, que me dêem bofetadas na cara, pois eu sei que são verdadeiras e gosto de pessoas verdadeiras, do que aquelas que são docinhas, gentis, encantadoras, mas que sei lá o que estão tramando em suas mentes doentias.
Outra forma da pessoa se revelar é através dos e-mails, eu procuro sempre repassar e-mails que sei terem uma finalidade útil, uma mensagem elevada, uma informação importante ou até uma piada engraçada (afinal bom humor é fundamental), mas recebo e-mails de mães de família com quem não tenho a menor intimidade que são uma baixaria total, vulgares, pornográficos, como é que se prestam a encaminhar esse tipo de lixo? Que valores passam para seus filhos?
Sei que tem muitos que pensam que sou muito certinha, que preciso ser mais flexível, mas essa é minha forma de encarar a vida, acredito que preciso me posicionar, aprendi que quem fica em cima do muro é atingido mais facilmente e quanto a essa minha “peculiaridade” (digamos de ler a alma), ela não me incomoda nem um pouco pois já me livrou de entrar em algumas “frias”.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Macarrão com Salsicha




Macarrão com salsicha é a típica receita de quem tá sem grana, afinal com algo em torno de cinco reais dá para fazer uma substanciosa refeição para cinco pessoas (se não forem muito esfomeadas), ou seja , mais ou menos um real por pessoa.
Agora, se tiver uma graninha a mais dá para fazer do tradicional macarrão com salsicha um prato de-li-cio-so, esta é uma receita que eu inventei, façam a risca como estou postando e me contem o resultado.




Compre um pacote (por volta de 300gr) de salsicha, marca boa, tipo Le bom, Sadia ou Perdigão. Corte as salsichas na vertical, primeiro corte ao meio e divida cada metade em duas novamente, sempre na vertical e aí junte essas quatro metades e pique em pedacinhos bem pequenos, repita esse processo com todas as salsichas e reserve.
No liquidificador coloque ½ xícara de água, uma cebola picada, 3 dentes de alho, 3 tomates lavados e sem o miolo, 2 tabletes de caldo de costela ou picanha, 4 colheres (sopa) de extrato de tomate e bata até desmanchar bem. Em uma panela coloque 5 colheres (sopa) de óleo e leve ao fogo para aquecer, despeje o molho, deixe ferver, misturando de vez em quando para não grudar no fundo, acrescente as salsicha picadas, misture bem e após levantar fervura, baixe o fogo e deixe cozinhar por uns 10 min. Em fogo baixo.
Durante o preparo do molho, encha uma panela grande com água, 1 colh. (sopa) de sal e 2 colh. (sopa) de óleo. Quando a água levantar fervura acrescente um pacote de macarrão parafuso, de preferência “grano duro”, e deixe cozinhar até ficar “al dente”, é preciso experimentar, tem que ficar cozido mas firme (macarrão mole é horrível). Escorra o macarrão e deixe na panela, acrescente o molho com a salsicha bem quente, misture bem com o macarrão, acrescente um copo de requeijão e um pacote de queijo ralado, 4 colheres (sopa) de maionese, 2 colh (sopa) de mostarda, 2 colheres (sopa) de catchup e misture bem. Coloque por cima cebolinha e salsa bem picadinha. Tampe a panela, espere uns cinco
minutos e delicie-se!!!