quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DIVAGANDO


Tenho uma peculiaridade que não sei se é um defeito, uma qualidade ou é algo inato que não se classifica, mas o fato é que basta eu conversar uns vinte minutos com uma pessoa para saber se ela é do bem ou do mal. Do mal não quer dizer um bandido, mas uma pessoa invejosa, rancorosa, mau caráter, baixo astral...
Da mesma forma consigo perceber se ela é caridosa, amorosa, humilde.
E agora aprendi outra forma de identificar onde as pessoas se inserem, através da escrita, dos e-mails que mandam.
Ás vezes leio textos com palavras rebuscadas, concordância perfeita, gramática impecável, mas é só dar uma segunda olhada para ver o quanto foi forçado, o quanto cada palavra foi pensada antes de ser digitada, uma não casa bem com a outra, não é um texto escrito para ser sentido, mas para impressionar, para que ao ler este as pessoas pensem “Olhem como o Joãozinho escreve bem”, “ela é uma pessoa muito culta”, “mas que intelectual”.
E essa forma de escrever não difere nem um pouco de como a pessoa é realmente, sempre querendo impressionar, pensando nas palavras que vai dizer, fazendo-se de boazinha através de uma falsa humildade, escondendo-se atrás de uma carapuça, não é espontânea, não é verdadeira, não vive, é um espectro.
Eu prefiro conviver com pessoas que demonstrem o quanto não gostam de mim, que me dêem bofetadas na cara, pois eu sei que são verdadeiras e gosto de pessoas verdadeiras, do que aquelas que são docinhas, gentis, encantadoras, mas que sei lá o que estão tramando em suas mentes doentias.
Outra forma da pessoa se revelar é através dos e-mails, eu procuro sempre repassar e-mails que sei terem uma finalidade útil, uma mensagem elevada, uma informação importante ou até uma piada engraçada (afinal bom humor é fundamental), mas recebo e-mails de mães de família com quem não tenho a menor intimidade que são uma baixaria total, vulgares, pornográficos, como é que se prestam a encaminhar esse tipo de lixo? Que valores passam para seus filhos?
Sei que tem muitos que pensam que sou muito certinha, que preciso ser mais flexível, mas essa é minha forma de encarar a vida, acredito que preciso me posicionar, aprendi que quem fica em cima do muro é atingido mais facilmente e quanto a essa minha “peculiaridade” (digamos de ler a alma), ela não me incomoda nem um pouco pois já me livrou de entrar em algumas “frias”.

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