segunda-feira, 27 de junho de 2011

Anselmo Oliveira da Silveira

Anselmo Oiveira da Silveira, 29 anos. Meus amigos queridos e conhecidos, guardem bem esse nome e se um dia tiverem a infelicidade de cruzar com esse sujeito em sua frente saibam que estão lidando com um assassino, com um monstro que destruiu uma família, fujam dele, trata-se de um assassino perigoso.

Na noite de sábado (18/06), meus amigos Juarez e Neli haviam ido levar a filha com o namorado em Belém Novo, voltavam para casa com a filha Amanda e o Bebê Rodrigo de dois anos no carro, antes que digam que tinha excesso de passageiros, o automóvel Zafira tem sete lugares. Pois bem, meus amigos não conseguiram retornar ao seu lar, próximo ao aeroclube de Belém Novo, totalmente bêbado e drogado (segundo testemunhas que estiveram no local) em sentido contrário vinha o monstro Anselmo, em alta velocidade em sua possante BMW, devido a sua condição de embriaguez foi direto em cima do carro dos meus amigos. Juarez faleceu no hospital, Neli está em observação, pois tem coágulos de sangue na cabeça, Rodrigo está em coma induzido, passou por uma cirurgia e deve permanecer em coma por mais algum tempo, não se sabe as seqüelas que terá, Amanda teve fratura na clavícula e várias escoriações pelo corpo, está em minha casa, estou cuidando dela. Aline , que não estava no automóvel, com seus vinte anos de idade, amadureceu precocemente, tento que tomar providências que não fazem parte da vida de um menina de sua idade, tendo que escolher a roupa que seu pai falecido iria usar e fazendo reconhecimento no IML.

Amanda está traumatizada, chora o tempo todo com as cenas da violência que não saem de sua cabeça. Enquanto escrevo, para que essa injustiça não passe em branco, estão no Jardim da Paz no sepultamento do Juarez.

O monstro bêbado saiu do hospital caminhando, felizmente foi preso em flagrante e espero que permaneça muito tempo na prisão apesar de não acreditar muito nisso.

O que será dessa família em pedaços daqui por diante, sonhos e planos destruídos graças a um irresponsável.

Estou escrevendo esse desabafo para que todos que o lerem pensem bem quando forem beber e sair dirigindo por aí, as conseqüências que esse ato pode causar.

Enquanto eu ia em um táxi para o pronto socorro no sábado a noite passei por vários postos de gasolina onde jovens bebiam e saíam em seus carros. Próximo ao beira rio, em uma escola de samba vi alguns motoristas entrando com garrafas nos seus carros. Cadê a fiscalização?

Penso que os que fazem as leis nesse País precisam olhar urgente essa situação porque também os seus familiares poderão ser vítimas de um monstro Anselmo, a punição tem que ser bem mais rigorosa para esse tipo de crime.

Uma coisa é um acidente de trânsito com causas consideradas normais, uma tragédia, ninguém está livre, outra coisa é um assassinato que foi o que aconteceu. Anselmo sabia que ao beber e se drogar e sair dirigindo poderia cometer esse crime e ele escolheu cometê-lo, escolheu destruir uma família e precisa pagar por esse crime.

A família dos meus amigos é de pessoas dignas, corretas trabalhadoras, estão cheios de amigos amparando-os e confortando-os. Quem é a família do monstro Anselmo, que tipo de educação e formação ele recebeu para cometer uma atrocidade dessas?

Acredito mais na justiça divina do que na dos homens, quem sabe um dia essa família Oliveira Silveira sentindo um pedacinho do sofrimento que meus amigos estão passando, consigam entender o que esse monstro fez.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

SOBRE PAIS E FILHOS






Há um tempo existe em nosso País a discussão sobre a maioridade penal, alguns defendem que a maioridade deve se dar aos 16 anos, afinal um jovem que tem condições de escolher seus representantes através do voto também pode ser responsabilizado pelos seus atos.
Eu sou contra, a maioridade aos 16 anos. Agora acredito que as coisas não podem continuar do jeito que estão, penso que alguém tem que ser responsabilizado e esse alguém tem que ser os pais. Acredito que se um menor de 16 anos comete uma infração os pais devem responder e ser responsabilizados e vou explicar o porquê dessa minha tese.
Não consigo acreditar que uma criança que tenha sido criada em um lar por mais miserável que seja, e, que tenha recebido amor, educação, limites estabelecidos e que tenha sido responsabilizada por seus erros venha a se tornar um delinqüente. Na minha opinião delinqüentes juvenis são frutos de pais e mães irresponsáveis, permissivos e sem educação, penso até que para ser pai e mãe teria que se passar por uns bons exames psicológicos.
Vou dar alguns exemplos do que estou falando: Tenho três filhos, em escolas diferentes, um destes está em uma boa escola particular, onde a grande maioria dos alunos pertence a uma boa classe social, vão para a escola em belos carros, roupas caras, etc, etc... pois bem, tem que ver o que é o caos dessa escola na hora de entrada e saída, os “queridos” pais simplesmente estacionam seus belos carros em fila dupla, nos dois sentidos da rua, trancando todo o trânsito, e ainda ficam indignados quando alguém ousa reclamar, afinal eles são os “bons”, os donos da rua. Que mensagem esse tipo de pais estão passando para seus filhos? É a seguinte “eu quero me dar bem, os outros que se danem”. Que tipo de motorista vai ser esse jovem ao se espelhar em quem deveria ser o exemplo, a referência? Vai ser aquele motorista que passa em sinal vermelho, que não respeita faixa de segurança e que agora virou moda, saí passando por cima de ciclistas. Quem teria que ser responsabilizado então? Penso que os pais, que não cumpriram seu papel de educadores, entregando esse tipo de cidadão para a sociedade.
Outro exemplo, essa mesma escola faz no começo do ano a reunião de pais, para explicar processo avaliativo, normas de convivência, etc... a turma do meu filho tem vinte e cinco alunos, sabem quantos pais compareceram na reunião, contando comigo? Quatro. Cadê os outros vinte e um? Muito bem se um desses alunos usar drogas no espaço escolar, se agredir um professor, se espancar um colega? Quem se responsabiliza? Na minha opinião os pais, porque no momento em que eles não estão comparecendo a reunião, estão passando a seguinte mensagem para seus rebentos: Eu não estou nem aí para a sua escola e sua vida escolar, estou pagando uma mensalidade alta, eles que se virem.
Vamos agora para outra realidade. Família que não tem as mínimas condições materiais, morais, espirituais, tendo um filho por ano, sendo que tudo que é posto de saúde distribui preservativos e anticoncepcionais de graça. Conheço bem essa realidade, as crianças nascem em meio ao tráfico, assistem seus pais tendo relações sexuais, afinal dormem todos amontoados no mesmo ambiente, muitas vezes o pai ou padrasto abusando sexualmente dos filhos. Quer dizer são crianças que com dez anos, ás vezes até menos já estão roubando e traficando, aos quatorze ou quinze anos já são verdadeiros criminosos. São culpados? Tiveram escolha de ter uma vida diferente? Na maioria das vezes não. Culpar quem então? Os pais, eles são os culpados por não terem orientado, por terem pencas de filhos quando não conseguiriam cuidar de apenas um.
Tem pais que por pura preguiça ficam dormindo e não levam o filho á escola e ousam mentir, mandando bilhetes dizendo que o filho perdeu a prova porque estava doente e aí de um professor se ousa tentar corrigir os anjinhos,falando um pouquinho mais alto ou dando a nota merecida, vão correndo “procurar seus direitos”, pois é, eles tem direitos e os deveres onde ficam? O dever de ensinar e exemplificar, ética, cidadania, solidariedade, respeito? Cadê? Então quem é que forma esses pequenos monstros que estão todos os dias virando notícia nos jornais, rádio e TV? Quem é que merece ser punido?
Na minha opinião, os verdadeiros delinqüentes, são os que não educaram,independente de classe social. Convivo com crianças que a única refeição decente que fazem é na escola e são educadíssimas e convivo com outras que o valor mínimo que andam no bolso é cem reais e não sabem nem segurar um talher direito para se alimentar, imagina então pedir “por favor” ou dizer “muito obrigado”.
Não sou , e nem pretendo ser um exemplo de mãe. Mas meus filhos sempre souberam e tiveram o exemplo de que deveriam ser honestos, falar sempre a verdade, respeitar os mais velhos,não maltratar os animais, se colocar no lugar dos outros, se responsabilizar pelos seus atos, e, sempre que não cumpriram com algumas dessas atitudes foram responsabilizados, tiveram perdas. Nunca fui chamada em escola por terem chegado atrasado, se envolvido em brigas ou desrespeitado professor, ao contrário sempre foram elogiados e citados por serem educados, estudiosos não, tenho um que nunca foi muito chegado em estudar, mas é educadíssimo e sei que por esse motivo, mesmo quando está indo mal nas provas recebe um olhar diferente dos educadores.
Agora, se algum dia um deles vir a se desviar e virar um delinqüente (coisa que acho muito difícil, mas como dizia minha avó nunca posso dizer “dessa água não beberei”), eu aceito ser responsabilizada, pois penso que aí eu falhei ao educá-los, preciso rever os conceitos que tinha a respeito de educação e já que falhei, que venha a punição, afinal não é isso que eu defendi???